sita no Moutedo)
O Conselheiro José Joaquim Rodrigues de Bastos, teve uma vida marcada por feitos valorosos e é suficientemente justificável conhecer uma figura local com o seu percurso nas várias vertentes que esta lhe proporcionou e que marcou de forma indelével a época em que se manteve ativo e participativo, desde a advocacia, literatura e política. É prova disso o abundante material histórico que está publicado no espaço cibernauta e não só. Iremos trazer aqui algumas dessas facetas, quiçá correndo o risco de alguma repetição face ao que terá sido publicado.
Um seu familiar, o Dr. Rui Moreira de Sá e Guerra, já falecido e que foi residente no Porto, com quem nos correspondemos durante bastante tempo, brindou-nos com uma obra de sua autoria sobre este Conselheiro nascido no lugar do Moutedo, freguesia de Valongo do Vouga, com o título VIDA E OBRA DO CONSELHEIRO RODRIGUES DE BASTOS.
Como já por aqui escrevi, o Conselheiro foi um Homem que marcou o seu tempo.
Nasceu naquele lugar em 8 de Novembro de 1777 e foi batizado em 16 daquele mês de novembro, sendo seus padrinhos o Reverendo Joaquim de Bastos seu tio, e Antónia Maria por procuração do marido José de Bastos, sendo testemunhas o Reverendo Manuel de Bastos e Francisco Martins Pereira, todos do Moutedo.
Matriculou-se no primeiro ano jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 31 de Outubro de 1790 e nesta escola foi premiado num dos anos jurídicos, conforme asseverou o Dr. Manuel Rodrigues de Melo num processo de genere para o habilitar a servir no lugar das Letras e fazer a sua leitura como requereu em 1812 a testemunha Manuel Rodrigues de Melo, bacharel formado em cânones, de trinta anos, morador na Rua Larga de S. Roque, em Lisboa. Mas só volta a inscrever-se, agora no segundo ano, em 1800. Houve pois um meato de dez anos, remata a informação do Dr. Rui Moreira.
Parece, contudo, que não ficou inativo pois, à conta do que foi escrito no blog terrasdomarnel.blogspot.com, da autoria de José Marques Ferreira, no capítulo «Do Marnel ao Vouga», o brasileiro António Trajano escreveu no jornal do Brasil O Puritano que, em Coimbra onde estudara, tivera como professor de latim o ilustre conselheiro José Joaquim Rodrigues de Bastos, latinista de nomeada.
Formou-se no ano de 1804, conforme ele próprio declarou, juntando a carta de curso, no requerimento para servir nos lugares de Letras. Iniciou a carreira de advogado nos auditórios da cidade do Porto e por essa época, em 10 de dezembro de 1806, casou-se na Sé Catedral desta cidade com a prima coirmã D. Maria Joaquina Rodrigues de Sampaio, que nasceu em 9 de Novembro de 1780, na freguesia da Sé do Porto, filha de Manuel Rodrigues da Cruz, familiar do Santo Ofício, natural da freguesia de Valongo do Vouga e de sua mulher D. Francisca Marcolina Rosa de Sampaio, também natural da freguesia de S. Pedro de Valongo. Foram testemunhas o Dr. José Lourenço Pinto, morador na Rua da Hortas, e o Dr. António da Silva Guimarães, da Rua Nova do Almada.
Resta acrescentar que o seu nome está perpetuado numa rua em Arrancada do Vouga, que vai do cruzeiro até à capela de Santo António.
A este ilustre Valonguense voltaremos trazendo mais história ...
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