POIS É... O HERSILGO!
Nós diremos ...
Que é um conterrâneo de Brunhido natural, residente em Lisboa. Um rapaz (como ele gosta de apelidar-se e aos amigos também). Inicialmente com um percurso escolar e formativo com a génese na Escola Industrial e Comercial, atual «Marques de Castilho», para onde calcorreámos caminho juntos e que me «apanhava» na Aguieira e, de bicicleta, lá íamos «cantando e rindo».
Também juntos tivemos o primeiro emprego na fábrica de ferragens Amaro, Lda. da nossa atual vetusta cidade. Mas o Hernâni estava talhado para outros voos! Após um ano neste emprego, marcha em direção ao Porto, onde o esperava um curso proveitoso e enriquecedor no Instituto Comercial do Porto, junto à Batalha.
Dotado de grande vocação para escrita, versejar é o seu forte, ou não fosse buscar às suas ascendências um outro ou maior talento. Publicados quatro livros deste género literário, foi guindado a um alto grau, com o comprovante dado através destas publicações e não só.
Respigamos: HERSILGO - (pseudónimo de Hernâni da Silva Gomes) nasceu no lugar de Brunhido, numa terça-feira de Carnaval, freguesia de Valongo do Vouga-Águeda onde viveu a infância e parte da sua juventude.
Teve uma formação académica sequencial e muito variada, iniciando na escola antes referida, depois no Instituto Comercial do Porto, já citado, vindo mais tarde, já em Lisboa e no decorrer da sua vida profissional a completar as licenciaturas em Economia, Auditoria e PG em Fiscalidade e Mestrado em Gestão de Projetos.
Terminado o serviço militar obrigatório e regressado de Angola, onde, no posto de Alferes Miliciano, comandou um Pelotão de Intendência, em Vila Teixeira de Sousa (agora vila de Luao no Moxico), iniciando a sua carreira profissional como Diretor Geral de empresa têxtil, com sede em Lisboa e onde se manteve no cargo durante onze anos e que era - ao tempo - extensão comercial de importante unidade industrial sedeada em Valongo do Vouga.
Entre outras ocupações, além de ter exercido docência nas áreas de Contabilidade e Fiscalidade - foi durante vinte anos Inspetor Principal no Ministério das Finanças - e, aposentado, consultor e conferencista no âmbito da Fiscalidade e Auditoria. Também fundou e participou na gestão de empresas próprias das áreas comercial têxtil, telecomunicações, imobiliário e agropecuária (avestruzes).
Mas sempre e desde cedo revelou queda para as Letras e em especial - Cultivando Versos - alguns publicados em jornais locais - Soberania do Povo ou Valongo do Vouga - e de que recuperando e coletando alguns, neste livro pretendeu compilar. Os títulos são:
- CULTIVANDO VERSOS
- SEMENTEIRA DE VERSOS
- VINDIMA DE VERSOS
- FÁBRICA DE VERSOS
Nestes, ainda tivemos a veleidade de colaborar, com um POSFÁCIO - a seu pedido - em verso, que nos deixou um tanto ou quanto embaraçados, porque nunca passámos por uma experiência destas, e sempre admitimos não conseguir corresponder por manifesta falta de vocação para este género de escrita. O tal Posfácio saiu assim:
Pediu o Hernâni PÒSFACIO
Em verso, se for capaz
Do que não tenho jeito.
Mas dizer não, não se faz
A um Amigo do peito.
De escorreita escrita
É escritor retumbante.
Só por aqui intervir,
Não me iguala o bastante.
O Hernâni com uma veia
De poeta - bem afinada,
Faz desta uma plebeia
Bastante desenquadrada.
Já escreveu "Cultivando Versos",
Numa primeira edição
"Nova Sementeira" lança agora,
Nascidos do mesmo chão.
Qualquer tema é um mote
Que com versos gloseia
A rima é dádiva - é dote
Correndo na sua Veia.
"...Sementes de sonho ou quimera
A leiva foi gradada
Sinto a terra preparada
Cumpro o sonho Primavera..."
Assim o Hernâni escreve
Qual estilo de grande Poeta
Como se fora um trovador
Cantata em tom semibreve
De Versos tentando a meta
Da graça e agrado do leitor.
Os temas aqui tratados
São muitos - tantos e tais,
Assuntos dos mais variados
Que o Autor recria rimando
Que frases quase banais
Em Versos se vão moldando.
Fica-nos, ao menos, a intenção
De ao Amigo corresponder
E sem qualquer presunção
De nosso jeito - à nossa maneira
Estes simples Versos fazer
Pequenas espigas na Sementeira
Que este grande Amigo possa colher.
*
JM Ferreira/22Set2014
Seria indesculpável, nesta primeira apresentação, não deixar por cá um dos seus Poemas, ao acaso:
PONTO FINAL
A Sementeira deve acabar aqui.
As sementes que à Terra lancei
Geraram estes Versos que escrevi
Ceifando a Seara - este Livro editei.
Sei que tem um cunho muito Pessoal
Da Terra e de mim não me desprendo
Sempre puxando ao cultivo ou a Semear.
Novo - secarei essa veia a ver se aprendo
A ser mais fingidor e esotérico
Mais rebuscando na estilística - mais poético
Menos concreto - menos terra a terra e local.
Como Versejador - não uso pontuação.
Vírgulas são um empecilho - a elas digo - Não.
Ao Novo Acordo em ortografia
Às vezes - Sim - mas contrafeito
As mais das vezes por que dá mais jeito
Não - por simples hábito e tradição.
Permiti-me certa Liberdade Poética
Palavras Livres com o fito de rimar
Declamadas melhoram muito a fonética
Mas prendem o Versejador - ao Versejar.
As rimas são a corda que acorrenta
Prosa mais gostosa - sabor a sal e pimenta.
Por isso gosto de dar Versos à Prosa
Como quem cuida um jardim
Aparando os espinhos da rosa
Pico-me neles - mas afinal
Gosto de ambos mesmo assim.
Este Livro chegou ao Fim. Ponto final.
Hersilgo/Out2014
Olá Sr. José, como sempre, as suas publicações são de uma qualidade inigualável. Passou ao lado de uma excelente carreira de Jornalista! O poema do Posfácio já o conhecia e já lhe tinha dito que, mesmo que diga que não, tem uma veia de poeta. Continue com o excelente trabalho!
ResponderEliminarBeijinhos grandes ♥